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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2013

Prémio Camões 2013

O escritor moçambicano Mia Couto é o vencedor da 25º edição do Prémio Camões. Leia mais:  Aqui. Identidade Preciso ser um outro para ser eu mesmo Sou grão de rocha Sou o vento que a desgasta Sou pólen sem insecto Sou areia sustentando o sexo das árvores Existo onde me desconheço aguardando pelo meu passado ansiando a esperança do futuro No mundo que combato morro no mundo que luto nasço setembro de 1977 Raiz de Orvalho e outros poemas, Ibidem,  pág.13 Outras obras de Mia Couto disponíveis na biblioteca: - A Confissão da Leoa , (romance) - Cada Homem é uma Raça , (estórias) - Cronicando , (crónicas) - O Outro Pé da Sereia , (romance) - A Varanda do Frangipani , (romance) - Jerusalém , (romance) - Venenos de Deus e Remédios do Diabo, (romance) - Estórias Abensonhadas, (contos) - O Último Voo do Flamingo, (romance) Cotas: 821.1.134.3 (COU)

Alexandra Pelúcia

Sebastião José Tibau, nascido em Santo António do Tojal, embarcado para a Índia na qualidade de soldado em 1605, desertou do serviço da Coroa tornando-se líder de uma república pirata. Sob o seu comando mais de 3 mil homens, uma imponente armada e numerosas peças de artilharia espalharam a violência e o terror nos mares de Bengala. A historiadora Alexandre Pelúcia, baseada numa investigação histórica cuidada, conta-nos a história de Tibau e de outros corsários e piratas portugueses temidos por todos nos mares da Ásia. Navios com velas desfraldadas sulcando as ondas do mar prontos para o combate, abordagens e assaltos violentos, vidas e ações entrecortadas por combates de artilharia e duelos de esgrima travados corpo a corpo, tudo em prol da disputa das fantásticas riquezas que circulavam por aquelas paragens. É este o cenário de Corsários e Piratas Portugueses que nos traz a história de homens como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque e de ou

Da experiência e do mito

A viagem do herói Para o marinheiro o espaço e o tempo não é homogéneo e contínuo, mas, antes, apresenta quebras, ruturas. Por um lado, o marinheiro vive no porto de terra no qual estabelece as suas relações familiares estáveis e duradouras. Parte integrante da civilização, o marinheiro toma a mulher do porto de terra como um ser confiável e digno de proteger os seus filhos. Por outro lado, o marinheiro vive no porto de escala, lugar profano e impuro, habitado por demónios suscetíveis de o fazer romper com os seus compromissos em terra. Quando habita este lugar o marinheiro olha a mulher como suscetível de aventura e digna de ser sua amante. Finalmente e, uma vez em mar alto, sob o signo da viagem, o marinheiro luta feroz e incansavelmente com os elementos da natureza que, a todo o instante, põem à prova a sua força, prudência e temperança. Esta luta, da qual depende a sua sobrevivência e a dos outros elementos do navio, faz dele um herói ou uma best

Artes & Multimédia

Mais um ano está prestes a terminar. Para todos foi o ultrapassar de uma etapa tantas vezes penosa, tantas vezes compensadora. Para os mais novos, foi o tomar de consciência de que nem sempre o sonho cola com a realidade…é afinal preciso muito mais esforço, dói mesmo por vezes. Para os mais velhos  é o terminar de um ciclo, o vislumbrar de uma nova fase da vida esperando que a passagem por esta escola os tenha preparado para algo maior. Para os professores, espelha-se no trabalho obtido a sensação do dever cumprido restando esperar pelos que hão de  vir. Os desenhos também podem ser vistos aqui .  professora Arminda Bernardino

Granta Portugal

Já editada no Brasil, Espanha, Noruega, Suécia e Bulgária a   versão  portuguesa  da  revista literária inglesa GRANTA  encontra-se, desde hoje,  à venda nas livrarias. Chancelada pela editora Tinta-da-China, a edição portuguesa é dirigida pelo jornalista Carlos Vaz Marques e terá  periodicidade semestral. EU  é o mote inicial. «Dizemos eu a todo o momento, mesmo quando julgamos estar a anunciar verdades universais. A primeira pessoa do singular é o ponto de partida literário por excelência. Dele emerge, nos melhores casos, um olhar capaz de nos restituir o mundo a partir de um ponto de vista inaugural, permitindo-nos questionar e reavaliar não apenas o que nos rodeia e o que vemos, mas acima de tudo aquilo que somos. É desse pressuposto que nasce a Granta e foi por isso óbvio, desde o início, que o tema deste primeiro número seria o mais elementar dos pronomes pessoais, aquele a partir do qual tudo de constrói. Pediu-se aos autores portugueses que compõ

Feira do livro (2)

Começa hoje a 83º Edição da Feira do Livro de Lisboa. Este ano a listagem dos " Livros do Dia "   previstos para os 19 dias de duração do evento poderá ser consultada antecipadamente:   Aqui.

Newton Gostava de Ler (4)

No dia 9 de Abril de 2013, tive a oportunidade de participar numa atividade designada “ Newton Gostava De Ler” . Esta tarefa foi realizada na escola básica Padre Alberto Neto, situada em Rio de Mouro. Para começar, devo admitir que adorei o propósito deste projeto. O seu programa tem como finalidade conjugar dois elementos de aparente contraste e que se julgavam quase impossíveis de enquadrar um no outro, neste caso, a leitura e a ciência. Quando me deram a conhecer tal atividade, esta despertou a minha total atenção, pois eu nunca havia ouvido falar na interligação destes dois tipos de conhecimento. Assim, alinhei e dirigi-me para a escola acompanhada da professora bibliotecária, a professora Liliana Silva. Durante a sessão de leitura, a turma do 9º ano à qual recitei os dois excertos do livro As mais belas coisas do mundo , de Valter Hugo Mãe, revelou-se bastante calma e atenta, o que possibilitou que os meus nervos se desvanecessem naquele silêncio inquietante. E

Valter Hugo Mãe (*)

Esta é a história de Crisóstomo que, chegando aos quarenta anos, lida coma tristeza de não ter tido um filho. Do sonho de encontrar uma criança que o prolongue e de outros inesperados encontros, nasce uma família inventada, mas tão pura e fundamental como qualquer outra. As histórias do Crisóstomo e do Camilo, da Isaura do António e da Matilde mostram que para se ser feliz é preciso aceitar ser o que se pode, nunca deixando contudo de acreditar que é possível estar e ser sempre melhor. As suas vidas ilustram igualmente que o amor, sendo uma pacificação com  a nossa natureza, tem o poder de a transformar. Tocando em temas tão basilares à vida humana como o amor, a paternidade e a família, O filho de mil homens exibe, como sempre, a apurada sensibilidade e o esplendor criativo de Valter Hugo Mãe. Ibidem. O livro de Valter Hugo Mãe inspirou o trabalho da artista plástica Maria Rita Pires, patente na galeria Trema até ao dia 8 de Junho.  Escreveu  o autor sobre o

Cineconvida (4)

Foi no passado dia 4 de maio que o Clube de Cinema organizou mais um encontro cinéfilo, desta vez na cidade ribeirinha de Lisboa, para assistir ao filme Não (2012) de Pablo Larraín (Santiago, 19 de agosto de 1976), jovem realizador chileno cuja obra não deixa de surpreender e de ganhar prémios em festivais internacionais, de reconhecido mérito. Nomeado pela Academia dos Óscares na categoria de melhor filme estrangeiro, Não é um filme muito diferente dos outros a que os holofotes publicitários teimam em nos habituar. Difícil de classificar, entre o histórico e o documentário de ficção, Não atira-nos para um espaço e um tempo (Santiago do Chile,1988) que não é o nosso mas onde cresce o desejo que nos torna humanos, o desejo de afirmação da nossa autonomia, liberdade e responsabilidade, particularmente no que se refere ao direito a expressarmos o nosso pensamento, as nossas opiniões e escolhermos democraticamente aqueles que nos governam. Pressionado pela comunidade i

Quero Saber (3)

Por que é que valorizamos tanto a ciência? Talvez porque, além de nos permitir conhecer, e até certo ponto controlar, o mundo em que vivemos, a curiosidade humana não tem fim. Existe sempre algo de novo e notável a descobrir sobre nós próprios, os mistérios do planeta que habitamos e o Universo. É por isso que nos limitamos a trazer-lhe nesta edição meia centena de factos científicos incríveis, mas também lhe explicamos os princípios singulares que os regem, ajudando-o a perceber porque cada realidade funciona como funciona. Sabia que 84% do volume da Terra é rocha derretida? Ou que os bebés têm cerca de mais de cem ossos que os adultos? Ou que há metais tão reativos que explodem com contacto com a água? Ou ainda que os nosso vasos sanguíneos dariam a volta ao mundo duas vezes e meia? Poderá descobrir também o maior animal de sempre, porque é que o Universo se expande em todas as suas direções, quais as causas de o bambu ser a planta que cresce mais depressa, como é po

Joana Vasconcelos

Anatomia de um fenómeno Uma coisa parece incontestável: Joana Vasconcelos é de "outro campeonato". Para o bem e para o mal. Muitos consideram que atingiu um plano em que terá no país poucos no mesmo patamar. Outros simplesmente acham que o que faz está fora do jogo da arte. Não é naturalmente o caso de Miguel Amado, comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza 2013 e da presente exposição da artista no Palácio da Ajuda: « É engenhoso fazer um lustre com tampões higiénicos ou uma sandália com tachos e panelas. E isso remete para um certo jogo com a própria noção de artista, que torna aquele que transforma as coisas a que não atribuímos valor em obras valorizadas, num verdadeiro toque de Midas. [...] As peças de Joana Vasconcelos, além da forma, têm um conteúdo, um significado que as pessoas são capazes de discernir . Dessa identificação, resulta que são capazes de se questionar em termos individuais e do seu lugar no mundo.[...]» Depois do flamejante heli

Deana Barroqueiro (2)

Objetos com história… A prestigiada autora de romances históricos, Deana Barroqueiro, deslocou-se à Escola Secundária Leal da Câmara, no dia 30 de abril, para falar dos seus objetos com história. No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, a propósito do seu romance histórico O Corsário dos 7 Mares , aquela escritora partilhou com alunos e professores as histórias de alguns objetos, que testemunham as suas viagens pelos locais exóticos onde, outrora, nos séculos XV e XVI, os marinheiros portugueses deixaram marcas da sua presença. Habituada nos seus romances a desafiar o leitor e a recriar uma envolvência histórica que lhe proporcione “ um conhecimento da época e do espaço retratados, da geografia, dos ambientes, das gentes e costumes" [1] , não foi difícil para a escritora, dotada de uma imensa facilidade de expressão, cativar a audiência com a sua energia, espontaneidade e entusiasmo contagiantes. Neste evento, destinado

World Press Cartoon

  Sherif  Ahmed Arafa,  Discussão , para o   jornal Alitthad, Egito,  2012   Categoria:   Gag Cartoon, nº 275 O World Press Cartoon Sintra 2013 é a mais prestigiada exposição internacional de desenho de humor na Imprensa. Cartoons e caricaturas de autores de todos os continentes proporcionam uma retrospetiva sorridente do que foi a marcha da humanidade ao longo de um ano, vista pelo olhar mordaz dos cartoonistas. Organizada em três categorias - Caricatura, Editorial e Desenho de Humor -  a mostra conta 343 ilustrações  publicadas na imprensa de todo o mundo. A exposição está patente no antigo Casino de Sintra - ex-Museu de Arte Moderna - até ao dia 30 de Junho. A entrada é livre. Fonte: Sapo

Dia da Europa (3)

Celebra-se hoje o Dia da Europa. Testa os teus conhecimentos, jogando este   Q uiz. Desenvolve os conteúdos, aqui. Vamos aprender a Europa! professora Ana Silva

na LER

O olhar de Clarice Antes de a vermos, é ela que nos vê. Ao fundo da sala, o olho de Clarice emerge na escuridão. Só o olho em grande plano, a curva da pálpebra, a ténue sobrancelha, as finas pestanas, um ponto de luz na pupila. Quando nos aproximamos percebemos que imagem é transparente. Por trás, uma frase: « Ver é pura loucura do corpo». Não há melhor resumo do que foi a vida e a escrita de Clarice Lispector. [...] A primeira sala é panorâmica. Eis Clarice nas várias idades, o rosto transformando-se, ganhando sombras e uma espécie de alheamento  como  se tudo o que importa estivesse na escrita  e a escrita nunca chegasse para refletir o prodígio do mundo. Não há aqui explicações, enquadramentos  biográficos, cronologias. Só palavras nas paredes: «O nome da coisa é um intervalo para a coisa». Qualquer explicação de Clarice seria um intervalo entre nós e Clarice. Mais vale por isso a nudez das palavras em bruto, isoladas, arrancadas dos livros, sem contexto, aproximand

Clarice Lispector

                                       Cota:  82-3 LIS Cota:    821.134.3 LIS «Ler Clarice Lispector é encontramo-nos com ela. Desnudar a sua palavra, compartilhar uma sensualidade quase física, entrar no corpo de uma obra que vibra e cintila (...) »  Miguel Cossio Woodward Brasileira de origem ucraniana, Clarice Lispector deixou um rasto singular na literatura de língua portuguesa. «Amo esta língua.  Não é uma língua fácil. É um verdadeiro desafio para quem escreve querendo roubar às coisas e pessoas a sua primeira camada superficial. É uma língua que por vezes reage contra um pensamento mais complexo. Por vezes o imprevisto de uma frase causa-lhe medo. Mas eu gostava de manejá-la - tal como outrora gostava de montar um cavalo para o levar pelas rédeas, umas vezes lentamente, outras a galope. » , dizia. No ano em que passam 35 anos sobre a morte de Clarice Lispector, a Fundação Calouste Gulbenkian apresenta a exposição  A Hora da Estrela  com textos,